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Recomendação semelhante, com relação ao binômio tempo-
temperatura àquela apresentada pela OMS, também é dada por Chen
et
al
. (2005)queafirmamqueoenxáguecomáguaquentedeve ser aprimeira
escolhacomométododedesinfecçãopara
Legionella
quandoumhospital se
depara comum surto causadopor essemicrorganismo, pois esta formade
combate não requer equipamentos especiais para sua aplicação e portanto
pode ser conduzida imediatamente.
Chen
et al
. (2005), Sabria e Yu (2002) e Lin
et al
. (1998) apontam
comovantagemdoprocesso térmicoo fatodenãohavernecessidadede se
adquirirnenhum equipamento específico reduzindoo investimento inicial
como também não há necessidade de pessoal especializado para operar
esse processode desinfecção. Entretanto a principal desvantagem recai no
fato de se necessitar um longo tempo de operação o que o encarece tanto
do ponto de vista econômico como de pessoal no caso de hospitais com
muitos leitos. Assim, os autores recomendam que depois de finalizado o
tratamento de choque da tubulação com água quente, deve-se empregar
outra formadedesinfecção, como a ionização cobre/prata.
Embora o tratamento térmico apresente muitas vantagens para o
controle de
Legionella
, alguns inconvenientes, além do custo que pode
ser elevado, podem ser citados: pode haver a precipitação dos sais que
conferem a dureza temporária da água e a consequente formação de
escamas na superfície; pessoas podem sofrer queimaduras caso encostem
em superfícies que estejam sendo tratadas por este método; o processo
térmicogaranteumadesinfecção temporária; édifícil garantirumaeficácia
completa sobre toda superfície que está sendo tratada, pois quando a água
temsuatemperaturaabaixadaavalores inferioresa50°C,arecolonizaçãoda
superfíciepode voltar aocorrer emquestões de semanas oumeses (Triassi