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Apesar do elevado poder oxidante do dióxido de cloro, resultados
contraditórios tem sido relatados por diversos autores. Por exemplo,
Housein
et al
. (2005) verificaram que um hospital utilizando por dois
anos uma concentraçãode dióxidode clorode 0,5mg∙L
-1
não foi capaz de
erradicar a presença de
Legionella
do sistema de distribuição de água. Lin
et al
. (2011) citando diversos autores verificaram que garantindo-se um
residual de dióxido de cloro entre 0,25 e 0,5mg∙L
-1
, após três anos de uso,
não foi detectada a presença de
Legionella
no sistema de distribuição de
água.Masquandoocorreuuma falhano sistemadedosagemdedióxidode
cloro e a concentraçãoficou abaixode 0,25mg∙L
-1
,
Legionella
foi detectada
no sistema após 4dias.
Outro composto com elevado poder oxidante é o ozônio sendo,
portanto,umexcelenteagentedesinfetantemesmoembaixasconcentrações
(AWT, 2003). Estudos apontados pela OMS indicam que é possível uma
redução de 4 a 5 ciclos logaritmos na população de
Legionella
utilizando-
se uma concentração de 0,3mg∙L
-1
e um tempo de contato de 20minutos
(WHO, 2002). Por sua vez, Muraca
et al
. (1987) mostraram que para
reduzir 5 ciclos logaritmosdapopulaçãode
Legionella
a25 °C énecessário
um tempo entre 4 e 5 horas utilizando-se uma concentração de ozônio
entre 1 e 2mg∙L
-1
. Entretanto, manter a concentração de ozônio no valor
desejado em sistemas de distribuição de água não é fácil devido à sua
grande volatilidade (WHO, 2002). A Association of Water Technologies
(AWT)observa serpraticamente impossívelmanterum residual deozônio
adequado à desinfecção da água em um sistema dinâmico, ou seja, com
águafluindo assim sendo ela recomendaqueoozônio seja injetadoomais
próximo ao ponto de utilização da água garantindo-se uma concentração
entre 1 e 2mg∙L
-1
(AWT, 2003).
